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Tragédia em Gramado: Como estudos geotécnicos poderiam ter evitado

A cidade de Gramado, outrora conhecida por sua beleza serena e charme arrebatador, viu-se subitamente transformada em um cenário de desolação no último sábado. Chuvas intensas desencadearam deslizamentos de terra, quedas de árvores e alagamentos, resultando na evacuação de mais de 100 famílias e, tragicamente, na perda de duas vidas. A natureza avassaladora do evento deixou a comunidade atônita, instigando uma reflexão urgente sobre a preparação das cidades para enfrentar eventos climáticos extremos.

As imagens de bairros inteiros sendo evacuados e casas soterradas ecoam não apenas a devastação imediata, mas também levantam questionamentos sobre a capacidade das autoridades locais de antecipar e responder a tais desastres. Nosso Diretor Mestre em Engenharia Civil e Especialista em Geotecnia Bruno Susin, ressalta a singularidade desse evento e a importância de abordá-lo como uma catástrofe que exige ação imediata.

O especialista destaca a acumulação de chuvas intensas e a falta de mapeamentos de risco como fatores determinantes. Ele enfatiza a responsabilidade das prefeituras em realizar estudos detalhados, identificar áreas de risco e implementar medidas para mitigar tais eventos. O especialista alerta para a resistência às orientações técnicas, seja por parte dos empreendedores ou do mercado, que muitas vezes prioriza soluções mais econômicas em detrimento da segurança.

A ênfase é dada à necessidade de encarar os investimentos em infraestrutura, como drenagem pluvial bem dimensionada, como essenciais e benéficos a longo prazo. Ele ressalta que tais medidas, se executadas corretamente, se pagam ao longo do tempo, proporcionando segurança e evitando tragédias como a de Gramado.

O especialista também destaca a complexidade do meio geológico-geotécnico, enfatizando a importância de estudos detalhados em cada localidade. Ele apela para uma abordagem de pesquisa semelhante à de acidentes de avião, buscando entender os eventos para prevenir sua recorrência.

Em última análise, Bruno faz um apelo à compreensão de que as leis da natureza não são negociáveis, destacando a necessidade crítica de investimentos em pesquisa para compreender e conviver com o meio geológico em constante mudança. A tragédia em Gramado serve como um lembrete urgente da importância de priorizar a segurança e a prevenção em face das forças imprevisíveis da natureza.

 

Foto: MetSul Meteorologia

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